domingo, 27 de março de 2011

SÓBRIA
Julia Spindel

Tenho medo de escrever poesia
Em tempos de sobriedade,
Acabo ficando cega
Em tanta claridade.

Presa neste corpo de sereia,
Mergulho rápido,
Queria ser peixe.
Queria ser baleia.

Como faz para sobreviver,
um beija-flor,
Quando o pouco é tudo
Em um mundo mudo?

Minhas inquietações gritam em silêncio.
Somos pó.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Estou colocando os pontos finais em histórias inacabadas. Quer dizer, são histórias inacabadas somente para mim. Tenho essa tendência em me apegar ao passado enquanto os outros seguem com suas vidas como se tudo no passado tivesse realmente passado. E passou mesmo. Só precisei de mais tempo que os outros para perceber.
O problema agora será desvendar como viver no presente sem o passado nele.